Embora os açúcares sejam nutrientes de extrema importância para o organismo, a ingestão excessiva deles está associada ao aumento da prevalência da diabetes e da obesidade.
A proteína transportadora GLUT2 é capaz de conduzir a glicose através das células sem a necessidade de mediação da insulina e possui grande importância na detecção dos níveis de glicose logo após a ingestão de alimentos.
Essa proteína é encontrada principalmente no pâncreas, fígado, intestino e cérebro e está relacionada à sensibilidade individual à glicose e ao consumo de açúcares.
Apesar dos fatores externos influenciarem muito a forma como cada indivíduo se alimenta, fatores genéticos de regulação fisiológica também desempenham um papel importante na escolha dos alimentos ingeridos e podem influenciar a quantidade de açúcares que cada indivíduo consome.
O gene SLC2A2 codifica uma proteína transportadora que atua como um sensor de glicose, regulando respostas no organismo após a ingestão de açúcares.
O alelo rs5400-A foi associado a uma menor sensibilidade à glicose e, consequentemente, a uma maior ingestão de açúcares. Dessa forma, indivíduos portadores deste alelo podem apresentar uma tendência à ingestão de quantidades mais elevadas de açúcares.
Sugestões:
Quando se possui um genótipo comum à maioria da população. A ausência do alelo rs5400-A indica que você pode apresentar uma predisposição para menor ingestão de açúcares em comparação aos indivíduos que possuem cópias do mesmo.
No entanto, existem outros fatores de risco genético e fatores ambientais que podem influenciar essa predisposição. Ainda assim, é recomendável consumir açúcares refinados com moderação e manter uma dieta saudável, rica em frutas e vegetais, aliada à prática regular de exercícios físicos.
Referências bibliográficas:
ENY, Karen M. et al. Genetic variant in the glucose transporter type 2 is associated with higher intakes of sugars in two distinct populations. Physiological Genomics, v. 33, n. 3, p.355-360, 2008. HOLLA, Lydie Izakovicova et al. GLUT2 and TAS1R2 Polymorphisms and Susceptibility to Dental Caries. Caries Research, v. 49, n. 4, p.417-424, 2015